Cientistas da University of Colorado School of Medicine, nos EUA, descobriram um grupo de moléculas que protege os órgãos contra danos causados pela anestesia. A anestesia é bastante segura nos dias de hoje. Mas, às vezes colocar um paciente sob a sedação para corrigir um problema, como danos ao coração, pode prejudicar um órgão diferente, como um rim.
"Esta é uma descoberta promissora. Isso sugere uma nova maneira de promover a cura", afirma o líder da pesquisa Holger Eltzschig.
Em um artigo publicado no New England Journal of Medicine, Eltzschig e seus colegas relataram a descoberta de um grupo de moléculas chamadas purinas. Purinas são blocos de construção moleculares básicos do corpo, que ajudam a produzir ADN e RNA e ajudam, a curto prazo, no armazenamento de energia. Uma variedade de purina é chamada de adenosina. Os investigadores determinaram que a geração de adenosina fora das células pode ajudar a proteger os órgãos contra danos. E eles notaram ainda que a ativação de receptores de adenosina sobre os pulmões, o intestino, ou o coração pode ajudar a proteger esses órgãos. Eltzschig e seus colegas olharam para os processos químicos de adenosina e processos relacionados com o câncer, lesão pulmonar, inflamação intestinal e da função plaquetária, entre outros. De acordo com os investigadores, para os pacientes que podem vir a passar por cirurgias com anestesia, os resultados são uma boa notícia. "Os desenvolvimentos crescentes nesta arena vão abrir vários novos caminhos para o tratamento", afirmam os investigadores.